A importância das Restaurações após o término dos tratamentos de Canal

Um dos exemplos desta afirmação é devido às situações das contaminações bacterianas existentes no meio bucal pela sua condição especial de se tratar de um local úmido e com milhares de espécies de bactérias.

Sabemos que existem de uma maneira geral, dois tipos bacterianos, os aeróbios e anaeróbios, ou seja, um grupo de bactérias, que pode viver na presença de oxigênio e são chamadas de aeróbias e outro grupo , que vive em meios com ausência de oxigênio e denominadas de anaeróbias. Estas bactérias possuem comportamentos e resistências diferentes, mas as anaeróbias são conhecidamente mais resistentes aos medicamentos normalmente usados pelos Cirurgiões Dentistas. Possuem um poder de contaminação mais efetivo e complexo de atuação. Portanto são mais difíceis de serem destruídas, por outro lado sabemos , que estão presentes e em maior número no interior dos canais radiculares de uma maneira geral. Por estas questões nos dias atuais os tratamentos endodônticos têm sido mais complexos, devido ao comportamento destes microorganismos.

Na Endodontia temos meios efetivos para lidar com estes elementos, através de protocolos de instrumentação cada vez mais efetivos e rápidos. Nossas medicações usadas têm demonstrado eficiência, porém os Especialistas sabem das dificuldades no lidar com estas bactérias. A fase final do tratamento endodôntico tem na obturação do canal seu ponto máximo, através do selamento deste importante espaço com a participação de um cimento e cones de guta percha, através do preenchimento lateral e até a região apical das raízes trabalhadas. Sabemos, que quando bem realizada esta missão o paciente terá uma situação perene de saúde nesta região.

Mas, no dia a dia das atividades clínicas temos observado alguns resultados negativos de tratamentos de canal, embora corretamente realizados. Isto é devido quando há falência no vedamento das restaurações das porções coronárias em algum momento ou esta ocorrendo. As restaurações dividem-se em diretas ou plásticas (amálgamas ou resinas) ou indiretas através das várias formas dos tipos de próteses. A proteção da parte coronária quando apresenta falhas de selamento ou vedação permite a passagem ou penetração de toxinas, fluídos ou até mesmo bactérias, que provocam a dissolução do cimento obturador promovendo espaços ou vazios no canal, que servem de morada ou abrigo de toxinas ou até mesmo de colônias bacterianas, que com o passar do tempo geram o fracasso do tratamento do canal. Na verdade, o tratamento endodôntico leva as culpas, mas quem promoveu a falha foi à falta de vedamento. Portanto, aconselhamos, que o selamento deva ser realizado o mais rápido possível através da restauração da parte coronária dos dentes, que tiveram seus canais tratados.

Ou, quando ocorrer alguma fratura, rompimento de restauração em dentes, que tem tratamento de canal anterior busque o mais rápido possível o seu Dentista para fechar a porção perdida.

Sabemos, que um dente com ruptura de restauração na média com mais de três dias exposto a estas condições, já pode estar sujeito à contaminação bacteriana de todo ambiente de sua obturação de canal. Com esta conduta você evitará ter que retratar o canal ou refazer todo trabalho.

Nos dentes com canal já tratado, como não sentem dor a tendência é esperar, geralmente aguardam vários dias. Esta atitude promoverá a contaminação do canal tratado, comprometendo desnecessariamente o tratamento anterior..

“As visitas semestrais ao seu Cirurgião Dentista de confiança podem evitar tais situações e resultam em melhor qualidade de saúde e vida”